Porque se não há coragem, que não se entre. É melhor permanecer na superfície, a mesma que quiseste deixar para outra página. Curioso como a gente se trai nas mínimas pausas, nos não ditos, no que se perdeu na fimbria das sinapses confusas e congeladas do mês. As pessoas querem pouco, e o que é pior, em doses homeopáticas. Preciso reaprender este jogo urgentemente. ("All in" é assim que se diz?) Não é o teu silencio, nem a tua alma fugidia, nem tuas palavras que me trouxeram. É porque enxergo a mulher que se esconde por detrás de tantos véus. Rabisco olhos nos olhos, açúcares e afetos, trocando em miúdos: sem fantasia. Bobagem, eu sei. Talvez nem tão mulher assim, talvez nem tão homem também. É esse teu indelével ascendente em peixes. Cuidado com as ilusões, mocinha, profundas como o fundo do mar. Os bichos quando temem exalam um odor de compaixão que impunemente paralisa o predador. Um tiro de misericórdia, um grito suspenso no ar. (Ouves?) Não sou dado a compaixão. Os filhos únicos são seres mesquinhos. Sinto que te afundas e minha fome cada vez aumenta mais. Sei que marco. Permaneço, atormento, disconecto, aturdo, impulsiono, fascino, desperto.
Por aqui tudo bem, baby. Nothing at all. Um avião passa, o sol não aquece, não ouço nada demais. Feliz aniversário. (Pausa. O telefone toca). Não foi engano. Eu já sabia que não era você.
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