AONDE
QUER
QUE
VOCÊ
ESTEJA
BEM.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

"devias vir...
para ver os meus olhos tristonhos."
Há um pulso que novamente soa sem pesar em novo amor.
para ver os meus olhos tristonhos."
Há um pulso que novamente soa sem pesar em novo amor.
Há um vulto que novamente voa sem pensar de novo amor.
Há um susto que novamente zoa em repensar um novo amor.
(Não sei fazer cantiga de amante como os remotos trovadores d'antes.)
O que mais quero dizer ao amor se tudo o que é lhe foi dito?
As palavras não couberam em Camões,
não couberam em Platão,
não couberam em Deleuze,
não couberam em Cartola,
não couberam em Pina Bausch,
não couberam em Auguste Rodin,
não couberam, não poderiam caber em mim.
Deixai que o amor rompa o limite da pauta
e num jorro de paixão arrombe a página
e pulse
e pulse
e pulse
e num jorro de paixão arrombe a página
e pulse
e pulse
e pulse
e fure os sentidos teus para que me deixes invadir a tua aorta
e dizer assim e dizer porquê e dizer sem parar de dizer
que de amor eu não digo nada
amor sou eu amor sou amor sou eu amor sou eu amor sou eu amor sou eu amor sou eu amor sou eu amor sou eu.
Palavra é amor?
Pra dizer que eu estive pensando,
Pra dizer que eu te quero perto,
Pra dizer um novo palíndromo qu'eu tô bolando,
Pra dizer que eu te quero perto,
Pra dizer um novo palíndromo qu'eu tô bolando,
Pra dizer nada. Pra dizer certo:
SATOR AREPO TENET OPERA ROTAS.
(Ou: O lavrador conduz alegre a carroça.)
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Diz que deu, diz que dá!
Parei de roer unhas e pintei a parede de vermelho.
Lavei a louça do café e voltei para casa sem ter ido.
Comi bolo de cenoura, passei hidratante, não fui correr, vou amanhã.
Não chove mais, não telefonei, comprei um presente - mas isso foi ontem
Esqueci de trocar meu óculos.
Acordar cedo. Correr no parque. Comprar um panqueique e ir pro teatro.
Re- estreio?
Merda!
Nem sempre se tem oportunidade de fazer as coisas diferentes!
Gostei do espaço.
Repete que tá tudo bem e tá tudo bem e tá tudo bem e tá tudo bem e tá tudo bem e tá tudo bem e tá tudo bem.
Não tenho presssa.
Relaxa, baby, e flui: barquinho na correnteza, deus dará.
Lavei a louça do café e voltei para casa sem ter ido.
Comi bolo de cenoura, passei hidratante, não fui correr, vou amanhã.
Não chove mais, não telefonei, comprei um presente - mas isso foi ontem
Esqueci de trocar meu óculos.
Acordar cedo. Correr no parque. Comprar um panqueique e ir pro teatro.
Re- estreio?
Merda!
Nem sempre se tem oportunidade de fazer as coisas diferentes!
Gostei do espaço.
Repete que tá tudo bem e tá tudo bem e tá tudo bem e tá tudo bem e tá tudo bem e tá tudo bem e tá tudo bem.
Não tenho presssa.
Relaxa, baby, e flui: barquinho na correnteza, deus dará.
sábado, 7 de fevereiro de 2009
CANÇÃO DE JÚLIA
Júlia nasceu com uma margarida entalada na garganta.
Não podia falar, não podia gorjear, pedir não podia.
Seu maior sonho: cantar no Moulin Rouge.
Júlia nasceu predestinada a cantar.
Mar-ga-ri-da.
Ela g0stava de sons.
A mãe de Júlia não queria ouvi-la cantar.
"- A vida é natural sem música e eu prefiro sol. Ou vinho branco."
"- Cada um nasce com uma missão. Aceite a sua."
"- Por que cantar? Você devia querer ser rica, não artista."
- "Olhe para o Sr. Poucatelha. Sabe por que ele perdeu os cabelos? Porque sua mulher o deixou. Sabe por que sua mulher o deixou? Porque eles não se beijavam mais. Sabe por que eles não se beijavam mais? Porque ele gastava mais tempo afinando sua rabeca do que na cama com ela."
A mãe de Júlia não queria ouvi-la cantar.
O avô de Júlia morreu por um osso de galinha na noite de ação de graças mas estava disposto a ajudar sua neta. Um grande doutor!
Certa noite pediu à Júlia que abrisse a boca ao máximo enqüanto ele socaria as costas de sua neta com um saco de espaguetes - o ideal para a cena seria um taco de beisebol, mas na dispensa da casa de Júlia não constavam idéias abundantes.
Após ser lançada ao chão da cozinha, Júlia, finalmente, vomita a margarida.
Moulin Rouge. Dezembro de 1932. Inverno.
Júlia é cantora de esplendor.
Lota casas. Beija crioulos. Distribui doces.
(Diz que esta noite não vai cantar.)
LE MONDE:
"Excuse-moi. Je ne peux chanter dans le printemps".
Júlia nasceu predestinada a cantar...
e nunca cantou.
Não podia falar, não podia gorjear, pedir não podia.
Seu maior sonho: cantar no Moulin Rouge.
Júlia nasceu predestinada a cantar.
Mar-ga-ri-da.
Ela g0stava de sons.
A mãe de Júlia não queria ouvi-la cantar.
"- A vida é natural sem música e eu prefiro sol. Ou vinho branco."
"- Cada um nasce com uma missão. Aceite a sua."
"- Por que cantar? Você devia querer ser rica, não artista."
- "Olhe para o Sr. Poucatelha. Sabe por que ele perdeu os cabelos? Porque sua mulher o deixou. Sabe por que sua mulher o deixou? Porque eles não se beijavam mais. Sabe por que eles não se beijavam mais? Porque ele gastava mais tempo afinando sua rabeca do que na cama com ela."
A mãe de Júlia não queria ouvi-la cantar.
O avô de Júlia morreu por um osso de galinha na noite de ação de graças mas estava disposto a ajudar sua neta. Um grande doutor!
Certa noite pediu à Júlia que abrisse a boca ao máximo enqüanto ele socaria as costas de sua neta com um saco de espaguetes - o ideal para a cena seria um taco de beisebol, mas na dispensa da casa de Júlia não constavam idéias abundantes.
Após ser lançada ao chão da cozinha, Júlia, finalmente, vomita a margarida.
Moulin Rouge. Dezembro de 1932. Inverno.
Júlia é cantora de esplendor.
Lota casas. Beija crioulos. Distribui doces.
(Diz que esta noite não vai cantar.)
LE MONDE:
"Excuse-moi. Je ne peux chanter dans le printemps".
Júlia nasceu predestinada a cantar...
e nunca cantou.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
DA MAIOR IMPORTÂNCIA

"Foi um pequeno momento, um jeito, uma coisa assim...
Era um movimento que, aí, você não pode mais gostar de mim direito."
Caetano disse. Eu digo. Quem mais quer dizer?
Eu gosto tanto de cruzar contigo, mulher!
Gosto do atrito da tua pele na minha, minha na tua pele, mãos!
Me roçar em você: um nó!
Sim!
Como é bom!
Não é só sílaba.
A coisa contigo é! A coisa contigo vai!
Eu divago.
Aquele cheiro, som, imagem do teu corpo, incendeia!
E eu sei...
DA MAIOR IMPORTÂNCIA.
Amo tu!
Era um movimento que, aí, você não pode mais gostar de mim direito."
Caetano disse. Eu digo. Quem mais quer dizer?
Eu gosto tanto de cruzar contigo, mulher!
Gosto do atrito da tua pele na minha, minha na tua pele, mãos!
Me roçar em você: um nó!
Sim!
Como é bom!
Não é só sílaba.
A coisa contigo é! A coisa contigo vai!
Eu divago.
Aquele cheiro, som, imagem do teu corpo, incendeia!
E eu sei...
DA MAIOR IMPORTÂNCIA.
Amo tu!
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