Acabo de constatar que a frase que tomara de empréstimo a Clarice Lispector em minha última publicação fora transcrita de maneira incorreta. Não por mim, mas pelo autor da citação, José Castello. A frase de Clarice fora extraída de um prefácio escrito por Castello para um livro chamado Pedras de Calcutá. Que gafe! O sujeito acabou mudando por completo o sentido da coisa. Descobri sua versão original. Vejam a diferença:
1- "Porque querem o amor, porque o amor é a grande desilusão de tudo o mais."
2- "Poucos querem o amor, porque o amor é a grande desilusão de tudo o mais."
Agora falando sério.
Não me interessam as causas do ocorrido, mas sim, sua significação perante mim, leitor.
Gosto da citação da maneira como ela é.
Nunca se sabe o peso da verdade. O Homem precisa da ilusão. De Deus, do amor, da morte, do céu, do pecado, da casa própria, da viagem com a família à Europa, da boneca que finge que fala "Give me a hug!"
Pode ser que, se um dia ela faltar, boa parte do seu eu ceda ao solo.
Assim, o amor é a grande desilusão de tudo o mais e poucos o querem.
Um grande fingidor pulsa por loucura!
De que vale um amor real?
O real chapa. A imaginação voa.
O amor não é livro.
Lembra que o amor é feio.
O belo está no olhar de quem ama.
Ama, então. E cede.
Sê o teu belo.
Ama o belo em ti.
Ama o belo do outro.
E ama essa ilusão de amar a ti no outro.
Depois, ouçam B.B. KING & ERIC CLAPTON in RIDING WITH THE KING.
Boa noite.
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