segunda-feira, 14 de setembro de 2009

E caminhar, caminhar, caminhar, pois, caminante no hay camino, pero el se hace al caminar - seria?
Levantei, hesitei entre os chinelos e os tênis. Correr ou andar? Andar rapidamente ou pés descalços, montinhos de areia dura do mar de ressaca da segunda-feira. Pos-si-bi-li-da-des. Diárias passagens, breves adeuses, múltiplos recomeços do estar.
A areia dura impulsiona as pegadas daqueles que, querendo, necessitam chegar. Passos firmes, estéreo do mar, pegadas. Sempre fico pensando, meu deus, imagina quando tudo era nada, quando tudo era virgem, quando tudo era seu. Uau! Fico com vontade de desbravar algo. A mim, quiçá? Caminhei gostoso. Um dia que parece poeira assentada aos poucos, sabe como? Realejo, desencontros, velhos volumes, aliterações.
Uma espécie de amor ao saber tem me movido nos últimos cento e oitenta minutos e todos os segundos. Será a filosofia a fuga encontrada em tempos inaptos e rasos como o nosso? Será que, a medida que você caminha, fica mais distante ou mais inadequado? Como assina Nietszche, o pensamento é a conversa da alma consigo mesma. Então deixa falar, deixa esgotar a palavra, deixa escapar a linha, saltar a pauta, e se fazer carne, sangue, bem na frente dos incrédulos.
A palavra! A palavra! A palavra!
Ação!

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